A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) emitiu uma nota no último sábado reforçando a importância da manutenção dos vetos aplicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva à lei que estabelece o marco regulatório para as usinas eólicas offshore. Segundo a FIEMG, o veto foi essencial para proteger o setor elétrico, a competitividade industrial, as metas climáticas do Brasil e o orçamento das famílias brasileiras.
O veto recaiu sobre a inclusão de “jabutis” no projeto de lei, que abordavam temas como a contratação de geração termoelétrica movida a gás natural, carvão mineral e a energia de grandes hidrelétricas. A FIEMG considera que esses pontos comprometeriam o desenvolvimento sustentável e representariam um retrocesso em relação ao avanço de fontes renováveis de energia.
O impacto econômico desses dispositivos, caso fossem restabelecidos, seria significativo, com um aumento de R$ 545 bilhões até 2050 nas tarifas de energia, o que corresponderia a cerca de R$ 22 bilhões anuais, elevando as tarifas em até 9% para os consumidores. Além disso, estima-se que a aprovação desses artigos resultaria na emissão de 250 milhões de toneladas de CO2, o que agravaria ainda mais os desafios climáticos do país. A FIEMG conclama deputados e senadores a manterem os vetos para assegurar um futuro mais sustentável para o Brasil.