O Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos decidiu manter as taxas de juros inalteradas na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano, em uma decisão unânime que se alinha com as expectativas do mercado financeiro. Esta medida segue a redução de 0,25 ponto percentual anunciada em dezembro, quando o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) sinalizou uma pausa nos cortes de juros devido à incerteza econômica. O Fomc afirmou que a economia dos EUA segue se expandindo de forma sólida, com o mercado de trabalho estável, embora a inflação ainda seja um desafio.
A postura do Fed tem reflexos diretos no Brasil, pois a manutenção de juros elevados nos EUA tende a pressionar a taxa básica de juros brasileira, a Selic, a permanecer alta por mais tempo. Além disso, essa situação afeta o câmbio, com a valorização do dólar diante de uma maior atratividade das Treasuries, os títulos públicos dos EUA. No Brasil, isso também resulta em um aumento da inflação e no impacto sobre o ciclo de juros adotado pelo Copom, que continua elevando os juros no país.
O cenário econômico global continua a ser influenciado por incertezas políticas e econômicas, especialmente após a posse do novo presidente dos EUA. A expectativa é que medidas políticas conservadoras e protecionistas possam afetar a economia mundial, forçando o Fed a ajustar sua política monetária conforme os riscos se concretizem. Por enquanto, o mercado continua atento às decisões do Fed e às possíveis repercussões da política econômica dos EUA no Brasil e em outros países.