A cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, está em alerta após a confirmação de casos de febre amarela em macacos encontrados mortos na área do campus da Universidade de São Paulo (USP). A Secretaria Municipal de Saúde iniciou uma vacinação em massa para pessoas que moram em um raio de 300 metros do local, já que os macacos estavam infectados pelo vírus transmitido por mosquitos. A febre amarela, uma doença não contagiosa, é transmitida principalmente pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes em áreas silvestres, e pelo Aedes aegypti em áreas urbanas, embora este último não tenha registrado casos urbanos desde 1942.
Apesar da gravidade da doença, especialistas garantem que não há razão para pânico, destacando que os macacos não são transmissores do vírus. Eles funcionam como “sentinelas”, sinalizando a presença do vírus na região. A principal forma de prevenção é a vacina, que é considerada altamente eficaz, com um histórico de 99% de proteção. A vacinação é indicada para todos a partir de 9 meses de idade, exceto para pessoas com algumas condições de saúde, como alergias graves ou tratamentos imunossupressores.
A vacinação está sendo intensificada com a chegada de 100 mil doses de vacina em Ribeirão Preto. Para aqueles que já foram vacinados, não é necessário um reforço, pois a imunização dura por toda a vida. Além disso, especialistas recomendam o uso de repelentes em áreas de risco, especialmente para aqueles que não podem ser vacinados, e o controle do Aedes aegypti continua sendo essencial para a prevenção da doença.