A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) esclareceu que o presidente da entidade, Isaac Sidney, não solicitou a ampliação da utilização do FGTS como garantia no novo modelo de crédito consignado para trabalhadores do setor privado. Durante uma coletiva à imprensa na quarta-feira (29), Sidney enfatizou que, de modo geral, quanto mais garantias forem oferecidas, mais acessível tende a ser o crédito. No entanto, ele deixou claro que sua defesa não se refere especificamente ao uso do FGTS para essa modalidade de crédito.
Sidney destacou que o objetivo da Febraban é a criação de uma plataforma que possibilite a análise do risco de crédito com informações mais completas. Embora a garantia de ativos possa ajudar a reduzir custos, ele afirmou que não está sendo reivindicada a ampliação das condições do FGTS para o crédito consignado, mas sim a possibilidade de uma análise mais eficaz dos riscos envolvidos. A proposta é focada em um modelo mais seguro e acessível para todas as partes envolvidas.
Atualmente, trabalhadores podem oferecer até 10% do saldo de suas contas do FGTS como garantia para crédito consignado, além de poderem disponibilizar até 40% da multa rescisória em caso de demissão. A Febraban reiterou que a proposta discutida busca aprimorar as condições de crédito no setor privado, sem implicar em mudanças nas regras do FGTS para essa finalidade.