A Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos propôs novas diretrizes para melhorar a precisão dos oxímetros de pulso, dispositivos usados para medir os níveis de oxigênio no sangue. A medida busca corrigir falhas nos dispositivos, que têm apresentado leituras menos precisas em pessoas com pele mais escura. A proposta sugere que os fabricantes incluam um grupo de participantes com diferentes tons de pele nos testes clínicos e que informem sobre as possíveis diferenças de desempenho nos rótulos dos produtos.
Estudos indicam que os oxímetros de pulso podem superestimar os níveis de oxigênio em pessoas com tons de pele escuros, o que pode afetar tratamentos médicos, como no caso de pacientes com Covid-19. A FDA reconheceu o problema, que data desde os anos 1980, e propôs a inclusão de pelo menos 25% de participantes com pele escura em testes clínicos. Além disso, os fabricantes devem exibir avisos alertando sobre essas limitações. A agência também propôs criar uma lista pública de dispositivos que atendem às novas recomendações.
Apesar da iniciativa, há preocupações sobre a eficácia da aplicação dessas orientações. Especialistas alertam para a falta de cumprimento das diretrizes anteriores e temem que a mudança de administração nos Estados Unidos possa impactar a continuidade das propostas. Embora as novas recomendações não sejam obrigatórias, a FDA espera que incentivem os fabricantes a melhorar a precisão e a segurança dos dispositivos, beneficiando a equidade no atendimento à saúde.