A FDA aprovou um novo tratamento para pacientes com hipertensão resistente, que não conseguem controlar a pressão arterial, mesmo após o uso de diversos medicamentos. O tratamento, conhecido como denervação renal, consiste em interromper a atividade excessiva dos nervos nos rins, que desempenham um papel importante na regulação da pressão arterial. A técnica, que utiliza energia de ultrassom ou radiofrequência, tem mostrado uma redução modesta da pressão arterial, entre 8 e 10 pontos, o que pode permitir a redução gradual do uso de medicamentos.
A hipertensão, considerada um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, insuficiência renal e até demência, afeta uma grande parcela da população, com muitos indivíduos não percebendo a condição até que danos graves ocorram. Apesar dos avanços no tratamento, apenas uma pequena parte dos pacientes consegue controlar efetivamente a pressão arterial, o que torna a busca por novas alternativas ainda mais relevante. Mudanças no estilo de vida continuam sendo recomendadas como a primeira linha de tratamento, especialmente para pessoas com hipertensão leve.
Embora o procedimento tenha sido aprovado em 2023, sua aplicação é limitada a pacientes cuidadosamente selecionados, uma vez que não foi testado em pessoas com doenças renais ou artérias estreitadas. Estudos anteriores falharam, o que levou a ajustes na técnica antes da aprovação final. A técnica é considerada segura para pacientes adequados, mas os efeitos a longo prazo ainda não são totalmente conhecidos, o que exige cautela nas indicações e avaliações para o seu uso.