O favoritismo entre pais e filhos é um tema complexo que pode afetar tanto a dinâmica familiar quanto o desenvolvimento emocional das crianças. Um estudo recente revelou que, embora muitos pais afirmem não ter um filho favorito, existem fatores como temperamento, responsabilidade e facilidade de convivência que podem influenciar suas preferências inconscientes. Filhos mais tranquilos, compreensivos ou com personalidade mais agradável tendem a receber mais atenção e tratamento favorável. Além disso, o estudo indicou que a ordem de nascimento, o gênero e as características individuais de cada criança podem também ter impacto nas interações familiares.
O favoritismo, embora possa trazer vantagens para as crianças mais favorecidas — como melhor saúde mental, boas notas e habilidades sociais aprimoradas —, também pode gerar desafios. Crianças que são excessivamente mimadas ou que percebem que precisam se comportar de certa forma para obter atenção podem ter dificuldades ao enfrentar as adversidades da vida. Por outro lado, filhos que não são favorecidos podem enfrentar problemas de autoestima, dificuldades na escola e maior risco de questões emocionais e comportamentais. A psicóloga Dra. Ellen Weber Libby alerta que, embora a diferença no tratamento não seja necessariamente intencional, ela pode impactar profundamente as relações familiares e a autoestima das crianças.
Para evitar os efeitos negativos do favoritismo, é essencial que os pais reflitam sobre seu comportamento e busquem ser mais justos na criação dos filhos. A comunicação aberta sobre as diferenças de tratamento, quando compreendida pelas crianças, pode atenuar o impacto negativo e melhorar a dinâmica familiar. É importante que os pais estejam atentos às suas próprias ações e abertos ao feedback de seus filhos, parceiros e familiares, para garantir que a criação dos filhos seja equitativa e construtiva para todos.