Nesta sexta-feira (31), familiares das vítimas do massacre ocorrido em Paraisópolis se reuniram em frente ao Fórum Criminal da Barra Funda, em São Paulo, para exigir justiça e honrar a memória dos mortos. O objetivo das famílias é levar o caso a um júri popular, visando responsabilizar os envolvidos pelas mortes de nove jovens e pelos ferimentos de dezenas de pessoas durante a operação policial realizada em 1º de dezembro de 2019. A ação ocorreu no contexto de um baile funk, onde a Polícia Militar cercou mais de 5 mil jovens, resultando em um confronto violento.
A operação, conhecida como “Operação Pancadão”, usou bombas de gás lacrimogêneo, balas de borracha, cassetetes e gás de pimenta, gerando uma tragédia que deixou vítimas com idades entre 14 e 23 anos. Entre os mortos estão jovens que não eram moradores da comunidade, mas estavam presentes para participar do evento. A ação policial gerou grande indignação entre os familiares, que agora buscam que os responsáveis sejam processados de forma adequada, fora da Justiça Militar.
Cristina, mãe de uma das vítimas, Denys Henrique, enfatizou a necessidade de justiça para todos os envolvidos, não apenas para seu filho. Ela expressou a esperança de que o juiz, com base nas provas apresentadas, rejeite a possibilidade de o caso ser tratado pela Justiça Militar, o que, segundo ela, prejudicaria a busca por uma resposta justa. A luta das famílias segue em busca de respostas e de um processo que leve à responsabilização dos responsáveis pela tragédia.