Itamar Silva Barbosa, conhecido como Mestre Peixe, de 64 anos, faleceu em 9 de janeiro após complicações de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Ele foi internado no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, no dia 2 de janeiro, com sintomas como dor no peito, dificuldade na fala e fraqueza no braço esquerdo. Durante sua internação, a família relatou que houve negligência no atendimento, alegando que o paciente foi deixado em um corredor por pelo menos um dia, sem a devida transferência para uma ala com cuidados mais especializados.
Apesar do quadro grave de AVC isquêmico, a equipe médica inicialmente minimizou a situação, e a transferência para o Centro de Terapia Intensiva (CTI) foi negada. A família, preocupada com a evolução negativa do estado de saúde de Itamar, entrou com uma ação judicial para garantir a vaga no CTI. A liminar foi concedida em 6 de janeiro, mas, após ser transferido para o CTI, foram encontradas larvas de moscas em seu nariz, um indicativo de infestação. No dia 8 de janeiro, o quadro de Itamar piorou, e a morte cerebral foi confirmada.
A Prefeitura de Duque de Caxias informou que, após nova avaliação, o paciente foi reavaliado por neurocirurgiões, mas o quadro neurológico irreversível levou à morte encefálica. A direção do hospital explicou que o AVC de Itamar era extenso, e a gravidade das lesões neurológicas resultou em complicações fatais. O caso chamou a atenção da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, que se comprometeu a investigar a situação para buscar esclarecimentos sobre as alegações de negligência.