A rede pública de saúde do Distrito Federal enfrenta sérias carências de médicos em diversas especialidades, como clínicos, anestesiologistas, radiologistas e pediatras, conforme dados da Lei de Acesso à Informação. Atualmente, 5.116 médicos atendem em hospitais, Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), mas a falta de cerca de 996 profissionais nessas áreas tem impactado significativamente a capacidade de atendimento, gerando longas filas e tempos de espera elevados para consultas e procedimentos.
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal tem adotado algumas medidas para enfrentar esses déficits, como a contratação de anestesistas e pediatras por tempo determinado, além da realização de concursos públicos e a ampliação de carga horária para algumas especialidades. No caso dos anestesistas, 150 novos profissionais foram contratados, o que ajudou a reduzir o déficit e melhorar a realização de cirurgias eletivas. Contudo, ainda existem lacunas em áreas como clínica médica e radiologia, que exigem ações mais estruturadas para garantir o atendimento adequado à população.
A escassez de médicos resulta em tempos de espera cada vez mais longos para a realização de consultas e cirurgias. Dados do Ministério Público do DF mostram que, por exemplo, 13.606 pacientes aguardam por uma consulta com um cirurgião-geral, com um tempo médio de espera de 77 dias. A situação é semelhante para pediatria e clínica médica, com atrasos significativos que afetam diretamente a saúde da população. A Secretaria de Saúde segue buscando soluções temporárias enquanto trabalha em estratégias a longo prazo para melhorar a assistência à saúde pública no Distrito Federal.