Um acidente envolvendo um avião da American Airlines e um helicóptero militar Black Hawk, ocorrido na noite de quarta-feira (29) em Washington, expôs um problema persistente no sistema aéreo dos Estados Unidos: a escassez de controladores de tráfego aéreo. O incidente, que resultou na morte de 67 pessoas, ocorreu durante a aproximação do avião para o Aeroporto Nacional Ronald Reagan, uma das regiões mais movimentadas do país, onde coexistem voos civis e militares. Relatórios indicam que a equipe da torre de controle estava com um número reduzido de profissionais no momento da colisão.
A falta de controladores de tráfego aéreo é um desafio histórico, iniciado ainda na década de 1980, e agravado pela pandemia, que resultou em uma queda no treinamento de novos profissionais. Atualmente, a FAA enfrenta uma escassez significativa, com um déficit de cerca de 3.000 controladores em todo o país. Além disso, a sobrecarga de trabalho, com jornadas extensas e irregulares, tem causado desgaste físico e psicológico nos profissionais da área. Em resposta, a FAA anunciou a contratação de novos controladores, mas a situação permanece crítica.
O aumento de quase colisões no espaço aéreo americano tem gerado preocupação, com uma série de incidentes registrados em 2024. A falta de sistemas de detecção de colisões iminentes em aeroportos, devido a restrições orçamentárias, também foi apontada como um fator de risco. A situação exige uma revisão urgente das políticas de contratação e infraestrutura para garantir a segurança no tráfego aéreo, especialmente em áreas com grande volume de aeronaves, como Washington.