O Ministério Público criticou a atuação de policiais militares e da Delegacia de Crimes de Trânsito em um acidente que resultou na morte de um feirante em Goiânia. Durante a audiência de custódia do motorista suspeito de causar a colisão, foi apontada a ausência de informações cruciais no boletim de ocorrência, como a possível ingestão de álcool pelo condutor antes do acidente, informação esta confessada verbalmente, mas não registrada formalmente. A descrição dos danos materiais também foi questionada pelo promotor, que destacou a incompatibilidade entre os relatos oficiais e as imagens da destruição no local.
A Delegacia de Crimes de Trânsito também foi alvo de críticas devido à ausência no atendimento ao caso, decisão justificada pela política de deslocamento apenas para acidentes com morte confirmada. O promotor argumentou que essa prática compromete a apuração inicial dos fatos, que pode ser essencial para investigações futuras. A Polícia Militar e a Polícia Civil afirmaram colaborar com as investigações e abriram procedimentos internos para avaliar as condutas adotadas.
O acidente, ocorrido no Natal, envolveu um veículo de luxo que entrou na contramão e colidiu com o carro da vítima, que faleceu após 10 dias hospitalizado. O suspeito pagou fiança e teve o passaporte recolhido, sendo acusado de homicídio culposo na direção de veículo automotor. O caso levantou questionamentos sobre a adequação das práticas policiais e administrativas no tratamento de ocorrências de trânsito graves.