As facções sírias que depuseram o presidente Bashar Assad em dezembro nomearam um ex-líder rebelde islâmico como presidente interino do país. Ahmad Sharaa, conhecido anteriormente como Abu Mohammed al-Golani, liderou a ofensiva que derrubou o regime de Assad. O novo governo anunciou a dissolução do Parlamento e da Constituição de 2012, além de convocar a formação de um conselho legislativo provisório, sem especificar a duração do seu mandato.
Além da dissolução de diversas instituições do regime deposto, como o exército e os órgãos de segurança, as novas autoridades indicaram que todos os grupos e instituições civis da revolução seriam integrados ao novo aparato do Estado. A dissolução do partido Baath, que esteve à frente do país durante o governo de Assad, também foi parte das mudanças estruturais. O objetivo das novas lideranças é reconstruir a Síria e lidar com a reconstrução do exército e da segurança.
As medidas adotadas visam, entre outros objetivos, a reconstrução das instituições sírias e a revogação das sanções impostas ao país. O novo governo, que deve manter-se em poder por um período transitório de três meses, também está focado em estabelecer uma economia voltada ao desenvolvimento e restaurar o papel internacional da Síria. Durante essa fase de transição, a prioridade será a manutenção da paz civil e a preservação da segurança para os cidadãos.