Em 2013, um homem foi encontrado morto a tiros em Chapecó, Santa Catarina, e enterrado sem identificação. Durante a investigação, uma das características analisadas para tentar identificar a vítima foi a falta da ponta do dedo indicador direito, o que levou os peritos a suspeitarem que o corpo poderia ser de Rafael Tura, um desaparecido da mesma época. A Polícia Científica, em parceria com a Polícia Civil, iniciou uma reanálise dos casos de desaparecidos em setembro de 2024, o que possibilitou a exumação do corpo em novembro do mesmo ano.
Após a exumação, foram encontradas várias semelhanças entre as características da ossada e os registros da vítima, incluindo a amputação do dedo, fraturas antigas e tratamentos odontológicos específicos. A identificação foi confirmada sem a necessidade de exames genéticos, um feito considerado notável no contexto das investigações forenses. A participação dos familiares, que forneceram informações detalhadas e materiais como fotos antigas e prontuários médicos, foi crucial para a resolução do caso.
Com a confirmação da identidade, a Polícia Civil anunciou que o inquérito sobre o homicídio de Rafael Tura seria reaberto. Este caso também destacou a importância de programas como o Conecta, que ajudam a unir informações familiares e técnicas forenses para solucionar casos de desaparecimento, muitos dos quais permanecem sem respostas por anos. A exumação e a análise cuidadosa da ossada representam um avanço significativo na resolução de homicídios não solucionados.