As exportações da China tiveram um aumento significativo de 10,7% em dezembro, superando as previsões do mercado e marcando uma melhora em relação ao mês anterior. Esse crescimento foi impulsionado, em parte, por um movimento das fábricas que aceleraram a produção para abastecer estoques destinados ao exterior, antes do aumento esperado dos riscos comerciais com os Estados Unidos, sob a presidência de Donald Trump. Embora as exportações continuem sendo um motor importante para a economia chinesa, o país enfrenta desafios internos, como uma crise imobiliária prolongada e uma confiança do consumidor instável.
As importações também apresentaram um desempenho surpreendente, crescendo 1% em dezembro, o que representa o melhor resultado desde julho de 2024. Esse aumento foi impulsionado principalmente pela estratégia chinesa de estocar commodities, como cobre e minério de ferro, o que ajudou a fortalecer a balança comercial. O superávit comercial da China subiu para 104,8 bilhões de dólares, impulsionado pelo crescimento das exportações e pelas importações mais fortes do que o esperado.
Apesar das boas notícias, a China ainda enfrenta desafios econômicos, como a possível escalada nas tensões comerciais com os Estados Unidos e as disputas com a União Europeia sobre tarifas de veículos elétricos. A China tenta expandir suas exportações de automóveis, mas os obstáculos impostos por tarifas elevadas podem dificultar essa meta. O ambiente de comércio global continua a ser marcado por incertezas, mas a economia chinesa tenta se adaptar a esses riscos, com o mercado de exportação desempenhando um papel fundamental na sua recuperação.