Em reunião com auditores fiscais da Receita Estadual de Goiás, o secretário da Economia, Francisco Sérvulo Freire Nogueira, abordou os desafios econômicos do Brasil para 2025, destacando uma previsão de crescimento mais modesto de 2,2%. O secretário atribuiu essa desaceleração a obstáculos econômicos estruturais, como a transição para o novo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e a necessidade de ajustes estratégicos. Nogueira também ressaltou a importância do contexto global, mencionando a influência da crise financeira de 2008 e a interdependência das economias, o que inclui o impacto de políticas protecionistas adotadas por potências como os Estados Unidos e a União Europeia.
Em seu discurso, o secretário apontou que a economia brasileira enfrenta uma série de desafios internos, como o elevado endividamento público, as pressões das despesas obrigatórias, especialmente com a Previdência Social, e os altos juros da dívida pública, que têm comprometido a saúde fiscal do país. A análise foi reforçada com dados de projeções de organismos internacionais, como o FMI e a OCDE, que indicam uma tendência de desaceleração econômica. Esses problemas estruturais exigem uma gestão fiscal cuidadosa e o cumprimento de novas regras fiscais para restaurar a confiança dos investidores.
A subsecretária da Receita Estadual, Lílian Fagundes, iniciou o evento destacando que a reunião visava planejar as ações da Receita Estadual para 2025 e os anos seguintes, considerando os efeitos da economia global sobre o Estado. Fagundes também reforçou a importância das metas da Secretaria da Economia para o fortalecimento da gestão fiscal e a adaptação da Receita Estadual às mudanças do cenário econômico. As discussões apontam para a necessidade de ações mais estratégicas e coordenadas a nível estadual e federal para enfrentar o atual cenário econômico e fiscal do Brasil.