Economistas projetam que o dólar permanecerá forte em 2025, com a moeda americana cotada a R$ 6 até o fim do ano, conforme apontado pelo boletim Focus do Banco Central. Esse cenário é influenciado por expectativas sobre a política econômica do segundo mandato de Donald Trump. O foco está nas tarifas que ele prometeu aplicar sobre as importações, especialmente de produtos chineses, o que poderia gerar um impacto significativo na inflação dos EUA e fortalecer o dólar. Trump tem sinalizado uma abordagem gradual, mas com potencial de afetar diretamente a economia global.
A elevação das tarifas, de acordo com estudiosos, pode provocar um aumento nos preços, o que levaria o Federal Reserve a aumentar os juros para conter a inflação. Isso, por sua vez, atrairia investidores para os EUA, elevando a demanda pelo dólar e desvalorizando outras moedas, como o real. Os efeitos desse protecionismo tarifário ainda são incertos, mas especialistas alertam para os riscos de um choque inflacionário nos Estados Unidos, com potencial para afetar a economia mundial. Além disso, a política de Trump visa corrigir o que ele considera desigualdades no comércio internacional.
Apesar do impacto previsto das tarifas, a cotação do dólar também é influenciada por outros fatores econômicos, como a política interna de gastos e investimentos de cada país. No Brasil, por exemplo, a saída de dólares e a desvalorização do real foram impulsionadas por incertezas econômicas e pela política fiscal do governo atual. Isso gerou um déficit recorde no fluxo de dólares para o país, refletindo o cenário global de volatilidade. Assim, as previsões para o fim de 2025 indicam um real ainda instável, com a moeda brasileira cotada a cerca de R$ 5,94.