Em 2025, a inflação de alimentos no Brasil deverá ser pressionada por aumentos no preço de commodities agropecuárias, especialmente carnes, café e açúcar. Segundo analistas de mercado, esses produtos devem enfrentar uma alta significativa devido a fatores como produção limitada e aumento no valor pago aos produtores. A aceleração dos preços das proteínas, com destaque para as carnes, poderá contribuir para um impacto relevante na inflação, enquanto os grãos, como soja e milho, tendem a manter preços mais estáveis, sem grandes variações.
O cenário inflacionário também inclui desafios relacionados às commodities softs e ao leite, que devem ter uma pressão intermediária sobre os preços. Além disso, o setor de hortaliças, frutas e verduras pode enfrentar volatilidade, com riscos de altas devido a variações climáticas e ao impacto da seca histórica do ano passado. A perspectiva de uma inflação persistente em alimentos preocupa o governo, especialmente considerando que esse fator pode atrasar o ciclo de corte de juros, uma medida essencial para o controle da economia.
Especialistas apontam o câmbio como um dos principais fatores a serem observados em 2025. Se o dólar permanecer elevado, acima de R$ 6, isso poderá intensificar a pressão sobre a inflação de alimentos, resultando em uma política monetária mais restritiva. O mercado também destaca a incerteza em relação às políticas fiscais do governo, o que, combinado com a alta sustentada dos preços das commodities agrícolas, pode gerar uma pressão inflacionária mais forte no país ao longo do ano.