O Exército da Venezuela condenou as recentes sanções impostas pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia, após a reeleição de Nicolás Maduro para um terceiro mandato presidencial. O chefe do Comando Estratégico Operacional das Forças Armadas, general Domingo Hernández Larez, classificou as sanções como uma tentativa desesperada de potências estrangeiras e uma violação das normas do direito internacional. Essas medidas ocorreram após os Estados Unidos aumentarem a recompensa por informações que resultem na prisão de Maduro, elevando-a de 15 para 25 milhões de dólares.
As novas sanções também incluem recompensas por informações sobre outros altos funcionários venezuelanos, como o ministro do Interior e o ministro da Defesa. Além disso, mais oito autoridades, incluindo o chefe da PDVSA, foram alvo de restrições. O governo de Maduro tem se posicionado contra tais sanções, acusando-as de serem parte de uma guerra econômica orquestrada por potências estrangeiras com o objetivo de desestabilizar a Venezuela. O presidente, que assumiu o poder em 2013, rejeita qualquer alegação de ilegalidade no processo eleitoral e continua a afirmar que as sanções são ilegítimas.
A oposição, por sua vez, alega que os resultados das eleições de julho de 2024 foram fraudulentos, com a vitória de Maduro sendo contestada. A crise econômica e social que atinge a Venezuela há anos, agravada por um massivo êxodo de cidadãos, tem sido um ponto central nas críticas ao governo. Apesar das adversidades, o governo de Maduro mantém a posição de que as sanções não enfraquecerão sua administração e seguem buscando resistir às pressões externas, reafirmando sua soberania.