O Exército Brasileiro encontrou uma alternativa para financiar suas iniciativas culturais por meio da Lei Rouanet, que permite a empresas patrocinarem projetos culturais em troca de benefícios fiscais. A Fundação Cultural do Exército apresentou dois projetos que visam fortalecer a relação entre a Força e a cultura: um deles propõe apresentações da Banda Sinfônica do Exército, com um orçamento de R$ 690 mil, enquanto o outro envolve a criação de “Experiências Imersivas” no Forte do Brum, em Recife, com um custo estimado de R$ 3,6 milhões. Este último projeto inclui melhorias na infraestrutura e segurança do museu militar localizado no forte.
Além das iniciativas culturais, o governo federal está buscando reduzir os gastos do Ministério da Defesa, que inclui o Exército, em um esforço para economizar R$ 4 bilhões em dois anos. Entre as medidas propostas estão o fim do benefício de “morte ficta”, que assegura pensões a familiares de militares expulsos, e o aumento da idade mínima para a passagem à reserva remunerada, de 50 para 55 anos. A proposta também inclui ajustes fiscais, como o aumento do desconto dos militares para os fundos de saúde.
Essas mudanças fazem parte de um esforço mais amplo para reorganizar o orçamento militar, visando um melhor controle dos recursos públicos. Além disso, o Exército busca fortalecer sua presença na área cultural, utilizando a Lei Rouanet para financiar projetos de relevância, enquanto busca otimizar seus custos operacionais e manter a sustentabilidade financeira em um cenário de contenção de despesas.