Um estudo realizado pela Universidade de Witwatersrand, na África do Sul, investigou a relação entre atividade física e o tratamento de câncer, demonstrando que exercícios regulares podem reduzir a progressão da doença e o risco de morte. A pesquisa, publicada no British Journal of Sports Medicine, analisou dados de mais de 28 mil pacientes diagnosticados com câncer em estágio 1, como os de mama e próstata. Os resultados mostraram que, para aqueles que praticaram atividade física no ano anterior ao diagnóstico, as chances de progressão do câncer foram significativamente menores, assim como o risco de morte por qualquer causa.
O estudo revelou que, entre os pacientes fisicamente ativos, as taxas de progressão do câncer e de mortalidade foram mais baixas. Aqueles que realizaram exercícios de baixa intensidade tiveram 16% menos chances de ver a doença avançar, enquanto os que praticaram atividades moderadas ou intensas reduziram esse risco em 27%. Em relação à mortalidade, os benefícios foram ainda mais evidentes, com uma redução de 47% nas mortes entre os que se exercitaram com maior intensidade. Esses dados sugerem que apenas 60 minutos semanais de exercício podem ter um impacto significativo na saúde dos pacientes com câncer.
Embora os pesquisadores alertem para as limitações do estudo, como a impossibilidade de avaliar fatores como tabagismo ou consumo de álcool, a pesquisa reforça que a atividade física fortalece o sistema imunológico e pode desempenhar um papel crucial na prevenção e gerenciamento do câncer. Eles destacam que, apesar de o estudo ser observacional e não comprovar uma relação causal, os benefícios da prática regular de exercícios, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde, são claros e podem contribuir para uma vida mais longa e saudável para os pacientes diagnosticados com câncer.