O ex-primeiro-ministro grego Costas Simitis faleceu aos 88 anos, no último domingo, em sua casa de veraneio no Peloponeso. Simitis foi uma figura central na política grega, liderando o partido socialista PASOK de 1996 a 2004 e sendo responsável pela adesão da Grécia à zona do euro em 2001. Reconhecido por sua postura reformista e por seu background acadêmico em direito, ele também teve um papel crucial na redução do déficit fiscal e da dívida pública do país durante seu governo, preparando a Grécia para a integração plena à União Europeia.
O governo grego decretou quatro dias de luto pela sua morte e anunciou que o funeral será custeado pelo Estado. Em uma nota de pesar, o atual primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis destacou Simitis como um “oponente político digno e nobre”, mencionando sua contribuição significativa para a história recente do país. Apesar de sua importância histórica, a administração de Simitis também enfrentou críticas, especialmente em relação ao combate à corrupção, tema que foi amplamente debatido em sua política econômica e gestão pública.
Após deixar o cargo, Simitis publicou um livro em 2012, no qual analisou a crise da dívida grega, criticando tanto os políticos gregos quanto as ações da União Europeia diante da situação. Ele também foi um crítico das práticas orçamentárias de seu sucessor, acusando a Comissão Europeia de negligenciar os gastos excessivos do governo subsequente. Apesar das controvérsias e dos desafios econômicos enfrentados pela Grécia após seu governo, Simitis é lembrado como uma figura chave na modernização do país e em seu ingresso na zona do euro.