O ex-presidente Jair Bolsonaro expressou frustração neste sábado (18) por não poder comparecer à cerimônia de posse de Donald Trump nos Estados Unidos, prevista para segunda-feira (20). Em entrevista, Bolsonaro afirmou estar constrangido pela impossibilidade de participar do evento e disse esperar que o ex-presidente norte-americano possa apoiá-lo na reversão da sua inelegibilidade no Brasil, decisão tomada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo ele, Trump pode ajudar na luta contra o que considera uma “perseguição política” promovida por algumas autoridades brasileiras, com destaque para um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem criticou diretamente.
O ex-presidente também minimizou as acusações de crimes e indiciamentos apresentados pela Polícia Federal, alegando não ter preocupações com as acusações, embora tenha demonstrado estar abalado com sua situação política. Além disso, Bolsonaro revelou que havia planejado o encontro com Trump por meio de seu filho, mas teve seu passaporte retido por uma decisão judicial. A negativa para viajar foi sustentada pelo argumento de risco de fuga, considerando as declarações públicas de Bolsonaro a favor do asilo no exterior para aqueles envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.
A esposa de Bolsonaro, Michelle, também se manifestou, reforçando a ideia de que o ex-presidente está sendo alvo de uma perseguição política e mencionando um suposto temor causado pela sua popularidade, sem especificar diretamente a quem se referia. Enquanto isso, Bolsonaro continuou defendendo a votação de um projeto de lei que concederia anistia aos envolvidos nos atos de depredação do dia 8 de janeiro, contando com o apoio de pré-candidatos à presidência da Câmara e do Senado para a tramitação da proposta no Congresso.