O ex-presidente Jair Bolsonaro negou, no último sábado (18), manter contato com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, após declarações do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello, que afirmou em entrevista que ambos conversam com frequência. Bolsonaro refutou as palavras do governador, sugerindo que ele cometeu um “ato falho” e não expressou a verdade. Mello havia declarado que o ex-presidente e Valdemar são muito próximos e que, em breve, poderiam se reunir pessoalmente para se apoiar mutuamente.
As declarações do governador geraram repercussão, levando o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a determinar uma investigação sobre possíveis violações de uma ordem judicial. Moraes proibiu a comunicação entre Bolsonaro e Valdemar em fevereiro de 2024, no âmbito de um inquérito que apura tentativas de golpe de Estado após a eleição de 2022. A Polícia Federal foi instruída a tomar o depoimento de Jorginho Mello, para verificar se houve, de fato, descumprimento dessa medida cautelar.
O episódio aconteceu enquanto Bolsonaro acompanhava sua esposa, Michelle Bolsonaro, no Aeroporto de Brasília, antes de sua viagem para a posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, marcada para a próxima segunda-feira. A situação gerou discussões sobre os limites da comunicação política e as investigações em curso, envolvendo figuras do PL e questões relacionadas ao processo eleitoral de 2022.