O ex-presidente dos Estados Unidos foi condenado nesta sexta-feira (10) por suborno relacionado ao pagamento de 130 mil dólares a uma atriz, antes da eleição de 2016. A sentença foi proferida por um tribunal de Nova York, mas o réu não enfrentará prisão ou multas. O juiz Juan Merchan determinou uma dispensa incondicional, o que significa que não há punição adicional, como prisão ou liberdade condicional, embora a condenação criminal tenha sido mantida. A sentença ocorre dez dias antes da posse de um novo mandato, confirmando a histórica condenação criminal de um ex-presidente americano.
O caso envolve acusações de falsificação de registros comerciais com o objetivo de encobrir o pagamento ao longo do processo eleitoral de 2016. O ex-presidente nega as acusações e afirma que as alegações são infundadas e parte de uma “caça às bruxas política”. Ele tem a intenção de recorrer da decisão, questionando a imparcialidade do juiz responsável. O promotor de Manhattan, responsável pelas acusações, argumentou que o caso visava corromper o processo eleitoral da época.
A Suprema Corte dos EUA, ao permitir a divulgação da sentença, rejeitou um pedido de suspensão feito pelo ex-presidente. Esta decisão marca um momento significativo na história política dos EUA, pois se trata da primeira condenação criminal de um presidente ou ex-presidente do país. A acusação, que foi amplamente divulgada no âmbito político e legal, segue um processo jurídico complexo, e a batalha judicial ainda está longe de ser resolvida com a possibilidade de recursos.