O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que busca a vice-presidência do Senado para pautar um projeto de anistia aos presos pelos atos de vandalismo ocorridos em 8 de janeiro, caso o senador Davi Alcolumbre (União-AP) esteja ausente. Bolsonaro destacou a urgência em aprovar a proposta e que não quer esperar até 2026, quando um possível novo presidente de direita tomaria posse. A estratégia de Bolsonaro está alinhada com o PL, que tenta garantir um aliado na primeira vice-presidência do Senado para apoiar projetos de interesse bolsonarista, como o da anistia.
O projeto de anistia atualmente tramita na Câmara dos Deputados, mas foi suspenso em outubro pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL). Bolsonaro pressionou para que, caso Hugo Motta (Republicanos-PB), favorito para suceder Lira, não coloque o projeto em pauta, os parlamentares do PL possam iniciar uma obstrução nas votações. O ex-presidente também minimizou as acusações contra ele, envolvendo sua suposta participação nos eventos de janeiro, afirmando que estava fora do Brasil na data dos atos e negando qualquer vínculo com os acontecimentos.
Durante a entrevista, Bolsonaro também falou sobre sua estadia nos Estados Unidos após deixar a presidência, revelando que recebeu um convite para morar no país, mas optou por retornar ao Brasil. Quanto às acusações de envolvimento com a tentativa de golpe, o ex-presidente afirmou que não houve qualquer movimentação golpista e defendeu que sua ausência no Brasil no dia 8 de janeiro é uma prova de sua inocência.