O ex-presidente da Coreia do Sul, que foi afastado do cargo, enfrenta um processo legal após ser indiciado por insurreição. A acusação está relacionada ao decreto de lei marcial que ele assinou em dezembro, o qual restringia direitos civis e determinava o fechamento do parlamento. Apesar de sua tentativa de imposição, o Congresso derrubou rapidamente a medida. A insurreição é uma das poucas acusações para as quais presidentes sul-coreanos não possuem imunidade, e pode resultar em prisão perpétua ou até pena de morte, embora a execução não seja uma prática comum no país há décadas.
O ex-presidente encontra-se preso desde o dia 15 de janeiro, em confinamento solitário, enquanto as investigações sobre o decreto continuam. O impeachment foi aprovado pelo Congresso ainda em dezembro, o que resultou no afastamento do cargo e na análise da Suprema Corte sobre a possibilidade de sua perda definitiva. A decisão de adotar a lei marcial gerou uma onda de instabilidade política no país, com diversas figuras políticas e militares sendo também indiciadas por envolvimento no caso.
A situação da Coreia do Sul reflete um momento de crise política, com sérias consequências para a governança do país. Além das acusações contra o ex-presidente, o primeiro-ministro também foi suspenso de suas funções, e outros altos oficiais militares estão sendo investigados. A investigação continua, e o governo enfrenta uma pressão crescente para esclarecer os eventos que levaram a essa situação excepcional.