O ex-presidente Jair Bolsonaro descartou apoiar a candidatura de seus filhos à Presidência, mas afirmou que estaria disposto a apoiar suas campanhas para o Congresso Nacional. Em entrevista ao The New York Times, Bolsonaro comentou sobre a sua visão de que a presidência exige experiência e se posicionou sobre o plano de golpe de Estado revelado pela Polícia Federal, no qual seus aliados estavam envolvidos. Ele mencionou ter cogitado um estado de sítio após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, mas desistiu da ideia após negativa do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a invalidação dos votos.
Em relação à acusação de envolvimento em um plano de execução de Lula, Bolsonaro negou qualquer tentativa de violência e disse que, se alguém arquitetou tal plano, deveria responder pelos atos. A Polícia Federal indiciou o ex-presidente e outras 39 pessoas por crimes relacionados à tentativa de golpe de Estado, com penas que podem chegar até 28 anos de prisão. Apesar disso, Bolsonaro afirmou não estar preocupado com o julgamento, mas sim com quem o julgará.
Bolsonaro também comentou sobre a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que o declarou inelegível até 2030, por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação. Ele criticou a decisão, considerando-a uma violação à democracia e afirmou que está buscando alternativas jurídicas para poder disputar futuras eleições. Além disso, o ex-presidente expressou entusiasmo com a posse de Donald Trump, mas teve seu pedido de devolução do passaporte negado pelo STF.