O ex-presidente Jair Bolsonaro foi convidado por Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, para participar da cerimônia de posse marcada para o dia 20 de janeiro de 2025. A defesa de Bolsonaro, no entanto, solicitou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a liberação de seu passaporte, que está retido pela Polícia Federal desde o ano anterior, devido a investigações em andamento.
Nos bastidores, aliados de Bolsonaro têm destacado que uma negativa de Moraes sobre a liberação do passaporte poderia gerar tensões diplomáticas entre o STF e o governo de Trump. O convite para a posse ocorre em meio a um contexto de crescente polarização política, com alguns setores da sociedade defendendo a tese de perseguição e politização em relação a Bolsonaro e ao 8 de janeiro, episódio envolvendo a invasão das sedes dos Três Poderes.
Além disso, o STF incluiu em abril de 2024 o nome do empresário Elon Musk em uma investigação sobre milícias digitais, um movimento que chamou a atenção de aliados de Bolsonaro. No entanto, Musk foi anunciado por Trump, em novembro de 2024, como o novo responsável pelo Departamento de Eficiência do Governo dos Estados Unidos, criando uma dinâmica de aproximação entre o ex-presidente brasileiro e o novo governo norte-americano.