O ex-ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou que a crescente dívida pública apresenta um cenário desafiador para a economia brasileira até o final do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2026. No entanto, ele destacou que ainda não há sinais de uma recessão grave, como ocorreu em 2015 e 2016, embora o país enfrente dificuldades econômicas significativas. Meirelles também indicou que as discussões sobre a sustentabilidade da dívida e a dominância fiscal continuarão a ser temas centrais nos próximos anos.
Em sua análise, o ex-ministro defendeu a necessidade de uma nova reforma da Previdência, em virtude do aumento da expectativa de vida da população. Segundo Meirelles, o avanço da longevidade exige ajustes no sistema previdenciário para garantir sua viabilidade a longo prazo. Vale ressaltar que Meirelles foi responsável por reabrir o debate sobre reformas na área da Previdência durante seu tempo no governo Michel Temer, o que resultou na aprovação de uma reforma no governo de Jair Bolsonaro.
Meirelles também apontou a reforma administrativa como a principal medida estrutural que o Brasil ainda precisa adotar. Para ele, a implementação de mudanças no setor público é essencial para reduzir o custo da máquina administrativa e evitar ajustes fiscais temporários. O ex-ministro enfatizou que a reforma administrativa é crucial para o equilíbrio fiscal e para o futuro econômico do país.