António Mano Silva, ex-presidente do Ericeirense, clube de futebol de Portugal, iniciou uma greve de fome em protesto contra a atual direção do time. O ex-dirigente alega que o clube ainda lhe deve uma quantia substancial relacionada a dívidas de empréstimos que ele garantiu na construção de um complexo esportivo entre 2001 e 2015, quando estava à frente da instituição. Segundo Mano Silva, o clube recebeu 2,3 milhões de euros pela venda do jogador Matheus Nunes, mas se recusa a honrar o pagamento da dívida. Para chamar a atenção para sua causa, ele adotou essa medida extrema, afirmando que teve todo o seu patrimônio penhorado na época em que assumiu a responsabilidade financeira pelo clube.
A situação em questão envolve a alegação de que Mano Silva foi fiador de empréstimos feitos para a construção de infraestrutura para o Ericeirense. De acordo com o ex-presidente, a atual administração do clube falsificou as contas para não pagá-lo com os recursos provenientes da transferência do jogador Matheus Nunes, que se formou nas categorias de base do clube e recentemente foi vendido ao Manchester City. O ex-dirigente também afirma que foi nomeado representante do clube na venda do campo de futebol, mas que, até o momento, não recebeu o pagamento que considera devido.
O Ericeirense, por sua vez, rebate as acusações e afirma que fez diversas tentativas para esclarecer a situação e para que Mano Silva apresentasse documentos que comprovassem seu crédito. O clube destaca que, apesar das solicitações feitas para que o ex-dirigente apresentasse provas de sua dívida, ele não conseguiu fornecer os elementos necessários, o que tem dificultado a resolução do caso. Essa greve de fome, no entanto, não é o primeiro episódio em que Mano Silva recorre a essa medida extrema, pois em 2009 ele já havia feito uma greve de fome durante sua gestão, na tentativa de chamar a atenção para os problemas financeiros do Ericeirense.