Natalino Guimarães, ex-deputado estadual e ex-policial, está preso desde dezembro de 2024, alvo de uma operação do Ministério Público do Rio de Janeiro relacionada à grilagem de terras em Búzios, na Região dos Lagos. Seus advogados entraram com um pedido de habeas corpus alegando que ele corre risco de morte devido a condições de saúde, incluindo diabetes, hipertensão e problemas psiquiátricos. Além disso, mencionam que ele é responsável pelo cuidado de um filho com esquizofrenia e que sua esposa, idosa, não consegue acompanhar o rapaz sozinha. O pedido visa a substituição da prisão por regime domiciliar ou outras medidas alternativas, como o uso de tornozeleira eletrônica.
A prisão de Natalino foi inicialmente determinada pelo Tribunal de Justiça do Rio, que, após a audiência de custódia, manteve a prisão preventiva devido à gravidade das acusações, que envolvem práticas violentas e fraudulentas em terrenos de Búzios. A Secretaria de Administração Penitenciária indicou que ele foi levado para o presídio de segurança máxima de Bangu 1 por questões de segurança, embora o Tribunal tenha afirmado que isso não configura regime disciplinar diferenciado. Em resposta, os advogados alegam que a transferência foi indevida e que não houve elementos suficientes para justificar a prisão.
Além das acusações recentes, Natalino já tem um histórico criminal, sendo apontado no passado como integrante de uma milícia conhecida por atuar na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Em 2008, foi preso por porte ilegal de armas e formação de quadrilha, e em 2009, foi condenado por sua ligação com a milícia. Ele foi libertado em 2018, após cumprir pena em um presídio federal. Seu irmão, também envolvido na mesma rede de atividades, faleceu em 2020.