Edmundo González, ex-candidato da oposição venezuelana, declarou que tomará posse como presidente da Venezuela em 10 de janeiro de 2025, apesar das ameaças de prisão por parte do governo de Nicolás Maduro. Em uma coletiva de imprensa na Argentina, após se reunir com o presidente Javier Milei, González afirmou que não revelaria os detalhes de sua estratégia para evitar a captura, uma vez que o governo venezuelano emitiu um mandado de prisão contra ele, alegando que ele havia divulgado atas eleitorais supostamente fraudulentas.
Recentemente, as autoridades venezuelanas divulgaram uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levem à prisão de González. O ministro do Interior do país, Diosdado Cabello, afirmou que, caso o opositor retorne à Venezuela, policiais estarão à sua espera no aeroporto. González, por sua vez, evitou fornecer mais detalhes sobre sua posse ou sobre como se dará sua chegada ao país, destacando que as circunstâncias são complexas.
A visita de González à Argentina faz parte de um giro internacional que inclui encontros com líderes de diversos países da região, como o uruguaio Luis Lacalle Pou. Em sua agenda, ele também planeja reuniões nos Estados Unidos, onde conversará com o presidente Joe Biden e membros do Congresso. No entanto, ele excluiu o Brasil de sua agenda, focando em países que já expressaram apoio à sua postura contra o regime de Maduro e suas alegações de fraude eleitoral.