Em 2024, o Brasil registrou 1,17 milhão de crianças e adolescentes sem acesso à educação devido a tragédias climáticas, com destaque para as enchentes no Rio Grande do Sul. A situação reflete um cenário global mais amplo, no qual aproximadamente 242 milhões de estudantes em 85 países enfrentaram interrupções nas aulas devido a fenômenos climáticos extremos, como ondas de calor, ciclones, inundações e secas, conforme relatado pela Unicef. A onda de calor foi o principal fator para o fechamento de escolas, afetando especialmente a Ásia, com a região sul do continente sendo a mais impactada.
O impacto das mudanças climáticas na educação vai além do fechamento de escolas, com sérias implicações no abandono escolar e no aumento de problemas como o trabalho infantil e o casamento precoce, especialmente em países de baixa e média renda. Além disso, as infraestruturas educacionais muitas vezes não estão preparadas para lidar com esses desafios, o que agrava ainda mais o cenário. No Brasil, as enchentes foram a principal causa das interrupções, mas outras regiões também enfrentaram secas e inundações, dificultando o acesso à educação em várias partes do país.
Diante desse contexto, especialistas destacam a importância de preparar as escolas e as comunidades para enfrentar essas situações e garantir a continuidade do aprendizado, mesmo em períodos de crise. A Unicef reforça a necessidade de protocolos e estratégias para prevenir os danos causados por eventos climáticos e proteger o direito à educação de crianças e adolescentes, independentemente das adversidades. A prevenção e o planejamento adequado são fundamentais para minimizar os impactos das calamidades e assegurar a educação em todas as circunstâncias.