O evento “Abraço à Democracia”, realizado para marcar os atos de 8 de janeiro de 2023, trouxe à tona tanto a defesa da democracia quanto as críticas ao governo atual. Embora o presidente tenha feito um discurso escrito que enfatizava a importância da união e da punição aos responsáveis pelos ataques, sua fala improvisada gerou controvérsia. Durante sua intervenção espontânea, o presidente desviou o foco do evento, trazendo à tona sua trajetória pessoal e questões de sua vida privada, o que foi visto como uma tentativa de se autopromover. Além disso, um comentário infeliz sobre “ser amante da democracia” gerou críticas, sendo interpretado como um desrespeito.
No entanto, o discurso oficial, elaborado com a colaboração do novo ministro da Comunicação, foi bem recebido, destacando-se pela defesa da democracia e pela mensagem de resiliência do país. A postura do presidente, em contrastar com o discurso planejado, revela um dos principais desafios da nova gestão: a necessidade de controlar as falas improvisadas, que têm gerado confusão e críticas em outras ocasiões.
Além disso, o evento no Supremo Tribunal Federal (STF) também abordou questões fundamentais, como a regulação das redes sociais e a proposta de uma quarentena para militares que decidam ingressar na política. O ministro Alexandre de Moraes reforçou que o movimento golpista ainda não foi completamente superado e sublinhou a urgência de regulamentar as plataformas digitais. Por sua vez, o ministro Gilmar Mendes destacou a necessidade de medidas para evitar a entrada de militares da reserva em cargos políticos, devido à participação de alguns militares nos eventos golpistas de 2023.