Nos últimos anos, o cenário das transferências no futebol nacional passou por uma mudança significativa no que diz respeito à moeda utilizada nas negociações. O dólar, que por muito tempo foi a moeda preferencial, foi superado pelo euro, refletindo não apenas a valorização da moeda europeia, mas também questões práticas e econômicas. O euro tornou-se a principal referência para a precificação de jogadores, especialmente em mercados europeus, onde grandes clubes preferem fixar os valores de compra e venda em sua própria moeda, evitando a exposição cambial ao dólar.
Essa mudança também está relacionada à predominância do euro em mercados-chave, como Espanha, França, Alemanha e Itália, além de outros países como Portugal, Oriente Médio e China. A adoção do euro pelas equipes inglesas, que utilizam a libra esterlina para transações internas, é um exemplo de como a moeda europeia se consolidou como padrão nas negociações internacionais, especialmente devido à constante interação com clubes europeus. Cláusulas de rescisão de jogadores importantes na Europa são frequentemente expressas em euros, reforçando ainda mais o papel dessa moeda no mercado futebolístico.
A tendência tem sido vista com bons olhos pelos clubes brasileiros, que buscam maior previsibilidade e estabilidade nas transações. No entanto, especialistas alertam que a dinâmica do mercado pode mudar se houver uma inversão na correlação de valores entre o euro e o dólar, o que poderia alterar o panorama atual. O mercado de futebol, sendo altamente dinâmico, segue sujeito a alterações rápidas, mas, por enquanto, a preferência pelo euro parece consolidada nas principais transações do setor.