O governo dos Estados Unidos suspendeu as sanções e tarifas à Colômbia após o país sul-americano concordar em receber migrantes deportados dos EUA. A decisão ocorre após um impasse, onde o presidente colombiano recusou a entrada de aviões militares norte-americanos que transportavam imigrantes ilegais. Em troca da suspensão das tarifas e sanções, o governo colombiano comprometeu-se a aceitar a deportação de seus cidadãos, que residem ilegalmente nos Estados Unidos, conforme as condições impostas pelo presidente dos EUA.
No entanto, a Casa Branca informou que as sanções relacionadas a vistos ainda permanecerão em vigor até a chegada do primeiro voo com deportados colombianos. A medida reflete uma pressão diplomática e econômica dos Estados Unidos, que havia anunciado tarifas emergenciais de 25% sobre produtos colombianos e sanções a autoridades do governo colombiano, caso a Colômbia não aceitasse a deportação dos imigrantes. Além disso, a proposta incluía inspeções rigorosas nas fronteiras e aeroportos, afetando a entrada de cidadãos colombianos nos EUA.
Em resposta, a Colômbia expressou sua disposição em receber os deportados, mas com a condição de que fossem tratados com dignidade e respeito. A recusa da Colômbia em aceitar os voos militares segue o exemplo do México, que também rejeitou recentemente a entrada de aeronaves militares norte-americanas com imigrantes deportados. O governo colombiano afirmou que as negociações continuarão, com representantes colombianos viajando a Washington para formalizar o acordo e garantir a recepção dos imigrantes de maneira civil e respeitosa.