O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto em janeiro de 2025 retirando o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Essa decisão ainda precisa ser formalizada junto ao secretário-geral da ONU, mas já está prevista a aplicação de um prazo de um ano para que a retirada se torne efetiva. A medida, apesar de ser um retrocesso nas políticas ambientais, não implica na saída dos EUA da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que continua a ser um fórum importante para o debate global sobre o clima.
O impacto dessa retirada ocorre em um momento de desgaste nas negociações climáticas, após dez anos de tentativas de implementação de políticas concretas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. A frustração crescente entre os países signatários, em parte devido à falta de consenso sobre as ações necessárias, coloca em risco o engajamento global com o tratado. Embora o Acordo de Paris continue sendo a principal ferramenta internacional para enfrentar a mudança climática, especialistas destacam que a eficácia do tratado depende de um fortalecimento contínuo do multilateralismo e de reformas que possam responder às crescentes urgências climáticas.
O Acordo de Paris, que surgiu após o fracasso de outros tratados como o Protocolo de Kyoto, tem como principal objetivo limitar o aumento da temperatura global e reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Apesar de tensões políticas e de um contexto mais cético atualmente, o tratado ainda representa o compromisso global de mais de 190 países, com metas de longo prazo para mitigar as mudanças climáticas. A atualização das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) de cada país, prevista para 2025, será um indicador importante sobre o futuro engajamento dos governos na luta contra as mudanças climáticas.