O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou na sexta-feira, 24, que os Estados Unidos decidiram renovar sua adesão à Declaração de Consenso de Genebra (GCD), um acordo internacional com o objetivo de restringir o acesso ao aborto em diversas partes do mundo. A decisão foi comunicada aos países signatários da declaração, e Rubio afirmou que o país voltaria a integrar imediatamente o pacto, que foi originalmente co-patrocinado em 2020 por nações como Brasil, Uganda, Egito, Hungria e Indonésia.
A GCD busca limitar a implementação de políticas de aborto, o que gerou críticas, especialmente de defensores dos direitos das mulheres e das meninas. A adesão dos Estados Unidos a este pacto ocorreu em meio a um contexto político em que o país havia se retirado da iniciativa durante o governo do ex-presidente Joe Biden, em janeiro de 2021. A decisão de renovação foi tomada pelo governo atual, sob a administração do Secretário de Estado Marco Rubio.
O Brasil também teve um papel relevante na declaração, com o governo federal, sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro, tendo se associado ao pacto. No entanto, em janeiro de 2023, o Brasil se afastou da aliança devido a preocupações com a limitação dos direitos sexuais e reprodutivos e o impacto potencial na implementação das políticas nacionais de saúde, especialmente no que se refere ao Sistema Único de Saúde (SUS).