O governo dos Estados Unidos anunciou um pacote de sanções econômicas voltado para o setor de petróleo e gás da Rússia, a medida mais abrangente até o momento, visando reduzir as receitas utilizadas pelo Kremlin na guerra contra a Ucrânia. As sanções atingem grandes empresas russas, como a Gazprom Neft e a Surgutneftegas, além de 183 embarcações envolvidas no transporte de petróleo. Com essas medidas, o governo de Joe Biden busca pressionar a Rússia ao atingir toda a cadeia de produção e distribuição de petróleo, com o objetivo de reduzir os recursos do Kremlin para sustentar o conflito armado.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, comemorou as sanções, afirmando que elas enfraqueceriam significativamente a capacidade financeira de Moscou. Para os EUA, as sanções visam intensificar as dificuldades econômicas russas, elevando a inflação e ampliando a perspectiva de recessão. Com a medida, o governo Biden espera também pressionar os mercados internacionais e fortalecer a posição da Ucrânia em negociações diplomáticas futuras. O impacto é esperado principalmente nos principais mercados da Rússia, como a Índia e a China, que têm sido destinos importantes para o petróleo russo após a imposição de um teto de preços pelo G7.
Essa iniciativa faz parte de uma série de medidas que visam não apenas prejudicar a economia russa, mas também reforçar o apoio militar à Ucrânia. Desde o início da invasão, os EUA forneceram significativos recursos à Ucrânia, como parte de um esforço mais amplo para alcançar uma paz duradoura. Embora as sanções tenham gerado tensões dentro do governo dos EUA, especialmente em relação ao impacto futuro sobre a administração de Donald Trump, elas refletem a continuidade de uma estratégia para pressionar a Rússia enquanto tentam moldar um cenário de resolução diplomática.