Mediadores dos EUA e de países árabes avançaram nas negociações para um cessar-fogo que permitiria a libertação de reféns em Gaza, com um possível acordo sendo fechado ainda nesta semana. O Hamas estaria disposto a libertar 33 israelenses na primeira fase da trégua, após várias tentativas fracassadas de acordo durante o conflito iniciado em outubro de 2023. O emir do Catar tem pressionado o Hamas, enquanto enviados dos EUA estão em diálogo com as autoridades israelenses. A trégua deve ocorrer antes da posse do presidente eleito, e os detalhes ainda estão sendo discutidos, com questões sobre a zona-tampão e o fim das hostilidades em aberto.
Após mais de um ano de tentativas fracassadas de mediação, o acordo proposto prevê uma solução em fases. A primeira fase envolveria a libertação de reféns em troca de uma pausa nos combates, mas as negociações ainda enfrentam divergências, como a definição da zona-tampão em Gaza. O Hamas exige a retirada total das forças israelenses, enquanto o governo de Israel defende um acordo gradual, com o apoio condicionado à aprovação interna do premiê israelense, que enfrenta pressões de sua coalizão. A oposição política em Israel promete apoio para viabilizar um acordo para a libertação dos reféns.
O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, deve se reunir com as famílias dos reféns, aumentando as expectativas de um avanço nas negociações. No entanto, o governo de Israel descartou a possibilidade de incluir a devolução do corpo de um líder do Hamas como parte do acordo, uma proposta que havia sido sugerida anteriormente por fontes externas. A situação continua delicada, com muitos detalhes ainda em disputa, mas as negociações seguem com a esperança de uma solução dentro dos próximos dias.