A incerteza sobre o segundo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos ainda persiste, especialmente no início do período, quando o presidente tem maior capacidade de implementar suas promessas de campanha. Apesar disso, o mercado segue apostando no país como a principal tese de investimento para 2025, com boas expectativas para a economia americana, que permanece forte e sem sinais de recessão no curto ou médio prazo. O aumento da inflação, no entanto, é um ponto negativo, já que deve continuar em ascensão sob o governo Trump.
Em relação a outros mercados, a situação é mais desafiadora. A Europa e a China enfrentam dificuldades, e o México tem se distanciado dos investidores. A única exceção seria Taiwan, com sua relevância no setor de semicondutores, e a Índia, que ainda é uma opção à China, mas com perspectivas complicadas no curto prazo. O Canadá também é visto como um mercado emergente, similar ao Brasil no início dos anos 2000, embora com commodities mais alinhadas às tendências do futuro, como carros elétricos e energia limpa.
No Brasil, o cenário é desafiador para os investidores. Apesar de ações estarem baratas, a alta da inflação e dos juros, somada à falta de uma política de expansão em áreas estratégicas, como energia limpa, dificulta a recuperação. O Brasil carece de um catalisador para melhorar sua posição no mercado, e as incertezas políticas e econômicas continuam a pesar sobre as expectativas para a Bolsa brasileira. Para muitos especialistas, o país não apresenta sinais claros de uma retomada significativa no curto prazo.