Os Estados Unidos impuseram novas sanções a oito autoridades venezuelanas e aumentaram para 25 milhões de dólares a recompensa por informações que levem à prisão do presidente Nicolás Maduro, que tomou posse para seu terceiro mandato em 10 de janeiro de 2025. Essas ações fazem parte de uma série de medidas punitivas adotadas pelo governo Biden, voltadas para a repressão ao governo de Maduro após as eleições de julho, cujos resultados continuam controversos. Entre os sancionados estão o novo chefe da empresa petrolífera estatal PDVSA, Hector Obregon, e o ministro dos Transportes, Ramon Velasquez.
A decisão dos Estados Unidos foi acompanhada por sanções do Reino Unido e da União Europeia, que também criticam o regime de Maduro. O governo venezuelano, por sua vez, tem repetidamente rejeitado essas sanções, considerando-as ilegítimas e acusando as potências estrangeiras de tentar desestabilizar a economia do país. Maduro e seus aliados defendem a resiliência da Venezuela diante dessas pressões, embora o governo também reconheça que as dificuldades econômicas são agravadas pelas sanções internacionais.
Além das sanções, os Estados Unidos aumentaram o valor da recompensa por informações que resultem na prisão e condenação de Maduro, que é acusado de envolvimento em tráfico de drogas. A oposição venezuelana, por sua vez, rejeita o resultado das eleições de 2024, alegando que o candidato de sua linha, Edmundo González, venceu por ampla margem. A tensão política no país se acentuou com a detenção de Maria Corina Machado, uma líder da oposição, após uma manifestação antigovernamental em Caracas.