Os Estados Unidos reforçaram a pressão sobre o governo da Venezuela, intensificando as sanções e aumentando as recompensas por informações que levem à prisão de figuras-chave do regime, incluindo a de US$ 25 milhões para o presidente Nicolás Maduro. A medida ocorre no contexto de sua posse para um novo mandato de seis anos, que gerou controvérsias devido à disputa sobre a legitimidade da eleição. Além disso, uma nova recompensa de US$ 15 milhões foi anunciada para o Ministro da Defesa, como parte das ações que visam enfraquecer o governo venezuelano.
A decisão dos EUA é vista como uma tentativa de responsabilizar Maduro antes do final da administração Biden, após a crítica de que o governo havia amenizado as sanções na esperança de que o presidente venezuelano conduzisse eleições mais democráticas. Essa medida é tomada logo após a detenção da líder da oposição María Corina Machado, que foi presa por algumas horas durante um protesto em Caracas contra o governo de Maduro, refletindo o crescente clima de repressão política no país.
O clima de tensão política também se intensificou com protestos em Caracas e outras cidades, que resultaram em centenas de prisões e vítimas fatais. Embora a oposição tenha sido fortalecida por figuras como Edmundo González, que é reconhecido por autoridades americanas como o presidente legítimo da Venezuela, a repressão a opositores e a crescente polarização marcam uma nova fase nas relações entre os Estados Unidos e o governo de Maduro, com impactos profundos na política interna e externa do país.