O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma nova política de imigração, que inclui a criação de um centro de detenção na base naval de Guantánamo, em Cuba, para abrigar até 30 mil imigrantes em situação irregular. A medida visa transferir estrangeiros para o local, anteriormente utilizado para detenção de terroristas, sem especificar se a prisão será expandida ou uma nova instalação será criada. A política foi implementada logo após a assinatura da Lei Laken Riley, que permite a prisão e deportação de imigrantes acusados de crimes graves, mesmo sem julgamento.
Nos Estados Unidos, especialmente em cidades como Newark, a população de imigrantes, incluindo brasileiros, está cada vez mais preocupada com a possibilidade de deportação. Operações realizadas pelo ICE (Polícia de Imigração) aumentaram o clima de tensão entre os imigrantes, que temem ser separados de suas famílias, especialmente aqueles com filhos nascidos no país. Além disso, restaurantes e outros comércios estão sofrendo com a queda no número de clientes devido ao medo generalizado. Organizações de apoio a imigrantes, como ONGs, têm auxiliado na documentação necessária para proteger menores de idade em caso de deportação dos pais.
O Brasil e os Estados Unidos estão colaborando para criar um grupo de trabalho que cuide da deportação de imigrantes brasileiros, com o objetivo de garantir o tratamento digno e seguro para os deportados. Também será estabelecida uma linha direta entre os dois países para monitorar em tempo real os voos de deportação. A medida busca garantir que o processo ocorra de forma ordenada e respeitosa, enquanto a comunidade imigrante permanece com incertezas sobre o futuro diante das novas restrições.