O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um decreto para combater o antissemitismo e impor medidas mais rigorosas contra estudantes estrangeiros envolvidos em protestos pró-Palestina. A medida inclui a deportação de estudantes não cidadãos que participaram desses protestos, além do cancelamento de vistos para simpatizantes do Hamas em universidades americanas. Trump destacou que o decreto visa combater a violência e o vandalismo contra judeus americanos, ações que surgiram após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023.
O decreto também prevê ações imediatas do Departamento de Justiça para processar crimes como ameaças terroristas, incêndios criminosos e agressões contra judeus, além de mobilizar recursos federais contra o crescente antissemitismo nas universidades e nas ruas. O governo determinará em 60 dias as medidas criminais e civis necessárias para lidar com a questão e exigirá a remoção de estrangeiros residentes que violem as leis do país. Entre as acusações, estão atos de vandalismo e agressões em manifestações de apoio à Palestina.
Por outro lado, grupos de defesa dos direitos civis, como o Conselho de Relações Americano-Islâmicas, criticaram as novas medidas, acusando o governo de atacar a liberdade de expressão e de usar a luta contra o antissemitismo para justificar ações contra os direitos dos palestinos. Durante sua campanha eleitoral de 2024, Trump já havia se comprometido a deportar estudantes envolvidos com o Hamas, e em seu primeiro dia no cargo, assinou um decreto com medidas restritivas contra cidadãos de países árabes e muçulmanos.