O etanol produzido no Brasil tem ganhado reconhecimento internacional como uma alternativa sustentável, com a promessa de uma pegada de carbono negativa nos próximos anos. A produção de etanol no país atingiu um recorde de 38,8 bilhões de litros em 2024, com um aumento de 4,4% em relação ao ano anterior. O combustível já apresenta uma redução de até 90% nas emissões de carbono quando comparado à gasolina, dependendo do método de produção. A expectativa é que, nos próximos 10 anos, a produtividade do etanol seja dobrada, tornando o combustível ainda mais eficiente e menos poluente.
Entre as inovações que poderão diminuir ainda mais as emissões está o uso de metanol derivado da palha e do bagaço de cana, que substituirá o diesel no transporte da cana. Outra possibilidade seria o armazenamento de carbono no subsolo, proveniente da fermentação da cana para produção de etanol. Além disso, o Brasil tem se destacado pelo uso de motores flexíveis desde 2003, permitindo uma maior utilização de etanol no lugar da gasolina. Essa mudança já resultou na redução de 710 toneladas de CO₂ lançadas na atmosfera, o equivalente ao plantio de 5 bilhões de árvores.
Com o aumento do consumo de etanol, o Brasil, atualmente o segundo maior produtor mundial, vê um grande potencial de expansão da demanda global. Países ao redor do mundo, como os Estados Unidos, podem adotar o modelo brasileiro de mistura de etanol anidro com gasolina, o que poderia aumentar ainda mais as exportações brasileiras. O setor de etanol é visto como uma referência mundial em termos de sustentabilidade e inovação, com o Brasil liderando a transição para fontes de energia mais limpas e renováveis.