A Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou um estudo que aponta a relação entre o calor extremo e o aumento das taxas de mortalidade em hospitais, especialmente entre idosos e pessoas com doenças crônicas. O estudo, realizado pela Secretaria Municipal de Saúde, analisou mais de 466 mil mortes naturais registradas entre 2012 e 2024 e identificou um aumento significativo nas mortes durante períodos de calor intenso, especialmente quando as temperaturas ultrapassam os 40ºC por mais de quatro horas. Para pessoas com hipertensão, diabetes, insuficiência renal e Alzheimer, os riscos são ainda maiores, com um aumento de 50% na mortalidade.
O impacto das altas temperaturas no corpo humano é explicado pela alteração nas proteínas e a liberação de substâncias inflamatórias, que podem levar ao choque e ao comprometimento de vários órgãos. O estudo também destacou que, além dos idosos e pessoas com condições preexistentes, a população em geral pode sofrer com a queda da pressão arterial e outros problemas de saúde, como tonturas, náuseas, e dificuldades respiratórias, em razão do calor excessivo. Um dos dias mais críticos foi 18 de novembro de 2023, quando 151 mortes de idosos foram registradas, o maior número para esse tipo de ocorrência na série histórica.
A pesquisa sugere que medidas de prevenção devem ser adotadas, como a orientação para evitar a exposição direta ao sol e reforçar os cuidados com grupos de risco, como idosos e pessoas com doenças crônicas. As autoridades recomendam também a conscientização da população sobre os riscos associados ao calor extremo e a importância de adotar atitudes que minimizem os impactos da onda de calor, especialmente em períodos mais quentes, como o verão.