Um levantamento realizado pela Serasa Experian sobre a nova Carteira de Identidade Nacional (CIN) indicou que o risco de o documento ser utilizado em fraudes é de apenas 0,08%, significativamente inferior aos outros documentos, como o antigo RG e a CNH, que apresentam riscos em torno de 3,8%. O estudo, baseado em 2,8 milhões de transações financeiras realizadas em outubro de 2024, revela que apenas 0,2% dessas transações apresentaram indícios de fraude. A CIN é gratuita para emissão da primeira via e traz como principal inovação o uso de um número único, o mesmo do CPF, substituindo a numeração estadual do RG.
Apesar dos avanços na segurança, como a unificação do número de identidade, especialistas em segurança alertam para a necessidade de um banco nacional de biometria. Atualmente, cada estado possui um banco de dados biométricos, mas eles não estão interligados, o que ainda permite a possibilidade de fraudes, como a duplicação de identidades. A criação de um banco nacional seria essencial para garantir a autenticidade dos dados e impedir a emissão de múltiplos documentos com informações falsas.
O governo federal ainda está discutindo a viabilidade de implementar um banco de dados biométricos interligado. Para o momento, a nova CIN, que visa substituir o RG até 2032, continua em processo de implantação. Até o final de 2024, mais de 17 milhões de cidadãos já haviam solicitado a nova identidade. A Serasa Experian destacou que a segurança do novo documento é uma melhoria significativa, mas que a evolução para um sistema biométrico nacional é crucial para garantir a proteção total contra fraudes.