O câncer de intestino, também conhecido como câncer colorretal, é uma das doenças mais comuns no mundo, com quase 2 milhões de novos casos diagnosticados anualmente. Embora o risco aumente com a idade, especialmente após os 50 anos, estudos recentes indicam um aumento preocupante de casos em pessoas mais jovens, com destaque para países com altos índices econômicos. Este fenômeno tem sido associado ao estilo de vida ocidental, caracterizado por dietas ricas em gorduras, carnes processadas, baixo consumo de fibras e sedentarismo, além de fatores como obesidade, consumo excessivo de álcool e tabagismo.
Pesquisas apontam que a dieta e a falta de atividade física têm um impacto significativo na incidência do câncer de intestino. Países que passaram por uma rápida ocidentalização de seus hábitos alimentares, como o Japão, enfrentam taxas alarmantes de câncer de intestino, anteriormente mais baixas. A obesidade, que afeta uma proporção crescente da população mundial, especialmente entre crianças e adolescentes, também é um fator de risco, pois está associada a distúrbios metabólicos que favorecem o desenvolvimento de câncer. Além disso, a disbiose intestinal, provocada por dietas inadequadas, pode contribuir para o aumento do risco, especialmente entre os mais jovens.
A detecção precoce do câncer de intestino é crucial, mas, infelizmente, os casos em pessoas abaixo de 50 anos geralmente são diagnosticados tardiamente. Isso ocorre, em parte, pela falta de programas de triagem para essa faixa etária e pela baixa conscientização sobre os sintomas, que podem incluir dor abdominal, fezes com sangue, mudança nos hábitos intestinais e perda de peso inexplicável. Para reduzir o risco de câncer de intestino, especialistas recomendam uma dieta equilibrada, a prática regular de exercícios, a redução do consumo de alimentos ultraprocessados e álcool, e evitar o tabagismo.